Quarta-Feira (16 de Maio de 2007) foi o primeiro dia livre de impostos em Portugal que, apesar de não ter sido feriado, constitui uma importante data para todos os contribuintes.
Dado ser o primeiro dia onde o cidadão contribuinte passou a criar riqueza para si e não para o Estado, foram 136 dias a trabalhar apenas para cumprir com as obrigações para a Segurança Social e Fiscais.
Para os pessimistas e rigorosos a data não se fica pelo dia 16 de Maio, passa a ser dia 15 de Junho, ficando 166 dias a trabalhar para a alimentar todas as despesas com a função pública, ao nível do investimento, salários e outros encargos.
Neste estudo realizado pela Universidade Nova de Lisboa e pela Associação Industrial Portuguesa, verifica-se que a carga fiscal assume 36,9% do Produto Interno Bruto (PIB), a qual descriminada por imposto/dia dá:
- 46 dias de trabalho para pagar a Segurança Social;
- 32 para pagar o IVA; 20 para o IRS;
- 7 para o ISP;
- 4 para o Imposto sobre o Tabaco;
- 4 para o Imposto de Selo e 3 para o Imposto Automóvel. Restando 8 dias para os restantes impostos.
Apesar de acharmos 136 ou 166 dias imenso tempo, somos dos países que cumpre mais cedo todas as contribuições, sendo a Irlanda o país que consegue cumprir mais rápido com apenas 122 dias.
Para mim não interessa ser 166 ou 186 como no caso da Suécia, mas sim o que o Estado faz das minhas contribuições ou como os dias que trabalho para ele.
Escrito por Óscar Bernardes em 16 de Maio de 2007
Última actualização: 02/02/2017
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