Ao longo do ano existem vários espaços comerciais a oferecer aos seus clientes a possibilidade de pagarem as suas compras a crédito. No Natal essa tendência acentua-se, dado o enorme espírito consumista associado à época, tal como se acentuam as ofertas de pagamentos sem juros.
A hipótese de pagarmos um determinado bem a prestações sem juros é óptima, desde que não sirva para gastos desnecessários. É um empréstimo gratuito que recebemos e podemos aproveitar para mantermos o nosso dinheiro investido durante mais tempo. Contudo, é preciso ter cuidado com as taxas zero que não são bem zero.
Em boa verdade, em muitos casos o que aparece em letras gordas é “0% de juros”, mas numa letra bem mais pequena aparece qualquer coisa como “x% TAEG”, em que x é maior que zero. É na TAEG (Taxa Anual Efectiva Global) que devemos concentrar a nossa atenção, pois representa o custo total de um crédito ao consumidor, incluindo seguros, despesas, impostos, juros e afins.
Olhando para a TAEG é mais fácil. Se a TAEG for 0%, é boa ideia comprar a crédito, se a TAEG for maior que zero, então é melhor pensar com mais cuidado.
Última actualização: 24/11/2014
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Concordo com o Pedro que se puder-mos pagar a crédito da taxa 0% é preferível em vez de pagar a pronto. No entanto se for para ter o dinheiro que gastaria nesse bem numa conta a ordem sem trazer rendimento, então é indiferente.
Se tiver 1000 euros disponíveis, e quiser comprar um bem que custa 1000 euros, mas o vendedor me der a possibilidade de pagar em 10 meses sem juros (mensalidade = 1000/10 = 100 euros/mes) então opto por comprar a credito com 0% juros. No entanto tenho de encontrar um activo que me cubra as taxas de abertura de crédito para realmente compensar e colocar lá os 1000 euros.
às vezes é uma questão de fazer contas.
Estou a pensar comprar uma habitação própria, tenho algumas economias que me permite comprar a pronto. A minha pergunta vai um pouco no sentido de alguns comentários, o que é aconselhável, comprar a pronto, a crédito, ou pagar metade e pedir um crédito da outra metade?
Luis,
Normalmente a preferência é utilizar o pagar a pronto o máximo possível, tendo em conta que deve guardar o dinheiro que pensa que lhe vai fazer falta brevemente (2-3 anos). Desta forma vai poupar MUITO dinheiro em juros e preocupações.
A única excepção é se conseguir aplicar o dinheiro num investimento que lhe traga um retorno superior à taxa de juro que irá pagar no crédito. Mas nestes casos estamos já a incluir uma componente de risco que pode não querer assumir.
Pois, nos dias que correm não é aconselhável assumir tal risco, o mais indicado será proceder da forma como me aconselhou.
Muito obrigado pela sua resposta,
Abraço
Luis, é um prazer.
Se precisar de mais alguma informação, esteja à vontade.